É consensualmente reconhecido que as alterações climáticas são um dos maiores desafios da atualidade, sendo urgente a adaptação de estratégias e medidas de mitigação, a curto prazo, dos impactos no negócio, ambiente e sociedade em geral.
Como em qualquer outra atividade industrial, os processos de transformação têm associados impactos ambientais. De forma a minimizar este impacto, e em coerência com os seus princípios e práticas de gestão sustentável, no ano 2013, a Corticeira Amorim estabeleceu a sua declaração e compromisso ambiental, comum a todas as Unidades de Negócio (UN):
O consumo de água na Corticeira Amorim é regulado pelas autoridades competentes com base nas condições locais e licenças operacionais. A maioria da água consumida tem como origem a captação subterrânea (>90%) e nem toda é usada no processo sendo devolvida ao ambiente (diretamente, no caso de águas não processadas, ou depois de purificadas nas estações de tratamento).
Uma das características únicas do montado é a capacidade de regulação do ciclo da água. A margem esquerda do Tejo-Sado possui cerca de 36% de área ocupada por sobreiros e é um dos sistemas aquíferos mais produtivos e profundos da Península Ibérica, sendo recarregado pela infiltração da água da chuva no solo. A interceção das águas da chuva pelos sobreiros é importante para proteger o solo da erosão hídrica, contribuindo para o combate à desertificação.
Ao longo dos anos tem sido crescente a preocupação da Corticeira Amorim na otimização de processos e na implementação de novas tecnologias que fomentem e melhorem o desempenho energético, nomeadamente investindo em medidas de eficiência energética e na renovação das certificações de sistemas de gestão ISO 50001 em diversas unidades de negócio do Grupo.
A principal fonte de energia consumida pela Corticeira Amorim é a biomassa, na sua maioria pó de cortiça, sendo esta endógena e 100% renovável. A sua utilização é uma forma de aproveitar a cortiça que não é usada na produção e contribui para a redução de emissões de CO2.
Numa altura em que a neutralidade carbónica se apresenta como um dos desafios da sociedade em geral para garantir a preservação do Planeta Terra, a Corticeira Amorim desenvolve uma atividade com impacto positivo na regulação do clima, promovendo níveis de sequestro de CO2 superiores àqueles que emite.
De acordo com um estudo realizado por investigadores coordenados pela Universidade de Aveiro, o sequestro de dióxido de carbono da atmosfera é superior às emissões de gases ao longo de toda a cadeia de produção do setor da cortiça, desde a floresta até ao destino final dos produtos. Assim, este setor atua como um sumidouro efetivo de gases com efeito de estufa. O estudo destaca a importância do montado de sobro na mitigação das alterações climáticas. O carbono sequestrado não é libertado na atmosfera, permanecendo armazenado por longos períodos, uma vez que a extração da cortiça ocorre sem desflorestação e os sobreiros podem viver, em média, até 200 anos.