As florestas de sobreiros são importantes sumidouros naturais de CO2, regulam o ciclo hidrológico, protegem contra a erosão e os incêndios e fomentam uma biodiversidade de importância equiparada a regiões como a Amazónia, o Bornéu ou a Savana Africana.
É a extração cíclica da cortiça, processo que não danifica as árvores, que mantém a vitalidade dos montados e que promove o desenvolvimento económico, ambiental e social que lhe está associado, permitindo que milhares de pessoas continuem a viver e a trabalhar em zonas áridas e semiáridas. Este contributo tridimensional concorre para que a cortiça se distinga entre as matérias-primas sustentáveis.
O descortiçamento é um trabalho manual que requer um profundo conhecimento da técnica e da floresta. Sendo o mesmo um processo regular e cíclico, cria atividade contínua e contribui para a fixação de pessoas em zonas em risco de desertificação. A World Wildlife Fund (WWF) estima que mais de 100 mil pessoas dependem economicamente de atividades relacionadas com o montado de sobro.
O montado de sobro desempenha um papel importante, entre outros, na regulação global do clima, na prevenção de incêndios, regulação hidrológica e proteção do solo, impulsionado pelas suas características multifuncionais, juntamente com a ampla biodiversidade. Destaca-se a importante atuação como sumidouro de carbono, uma vez que o descortiçamento tem um efeito negligenciável no armazenamento total de carbono e o sobreiro pode viver, em média, 200 anos.
O montado de sobro proporciona uma série de vantagens económicas, sociais e ambientais. A cortiça gera os produtos mais valorizados deste ecossistema, principalmente devido à produção de rolhas de cortiça. Esta matéria-prima, também é utilizada em vários outros setores de atividade possuindo uma enorme relevância económica e social, destacando-se o contributo para a criação de emprego e desenvolvimento local de áreas rurais.