Desde o início da exploração do Espaço, que a Corticeira Amorim é o principal parceiro tecnológico no fornecimento de soluções de isolamento para a NASA e para a Agência Espacial Europeia (ESA).
A integração da cortiça nas naves e foguetões começou com a missão Apollo XI, que levou o Homem à Lua pela primeira vez. De sucesso em sucesso, integrou os programas Titan, Delta, Mars Rovers e Atlantis. No programa europeu, a Corticeira Amorim tem sido igualmente responsável pela integração de soluções de cortiça em escudos térmicos e antivibráticos, com importantes contribuições no âmbito do projeto Ariane 5 e do foguetão Vega.
Os materiais de isolamento para a indústria aeroespacial, comercializados sob a marca TPS (Thermal Protection Systems) desempenham um importante papel no êxito do lançamento e funcionamento dos veículos espaciais, sejam tripulados ou não. Quando um foguetão ou uma nave espacial são projetados para o espaço, a sua estrutura é sujeita a temperaturas tão elevadas que corre o risco de ser carbonizada. O mesmo acontece no regresso à Terra, assim que a nave entra em contacto com a atmosfera terrestre. Os materiais TPS são pioneiros na proteção térmica de blindagens, graças a um composto de cortiça único, que tem resistido a décadas de viagens espaciais.
As soluções de alta qualidade para a indústria aeroespacial produzidos pela Corticeira Amorim fazem destes os materiais de proteção térmica ideais, com excelentes propriedades de ablação e isolamento. Mantêm o peso baixo, uma condutividade térmica reduzida e criam uma camada resistente que protege o interior do veículo aeroespacial, garantindo a sua integridade e retardando a degradação causada pela enorme amplitude térmica suportada.
Estas características foram decisivas para o sucesso de um ambicioso projeto desenvolvido para o programa de exploração a Marte da Agência Espacial Europeia (ESA). A Corticeira Amorim liderou um consórcio 100% português, com a participação da Critical Materials, PIEP e ISQ, desenvolvendo uma nova cápsula de reentrada atmosférica que promete tornar-se uma referência nas missões espaciais reunindo o melhor da cortiça e da engenharia portuguesas. A nova cápsula, com características termomecânicas otimizadas, permitirá uma reentrada atmosférica passiva, isto é, sem recurso a paraquedas ou outros sistemas auxiliares e trará amostras do Planeta Vermelho em 2026.
A cortiça é aplicada em componentes críticos para a segurança do vaivém – normalmente no cone e noutras partes dos foguetes de propulsão acoplados à nave. Qualquer erro pode ser fatal para o equipamento e para a tripulação, pelo que o grau de exigência relativamente à eficácia dos produtos TPS é máximo.