A CORTICEIRA AMORIM, S.G.P.S., S.A. é a maior empresa mundial de produtos de cortiça. Com uma facturação anual de 495 milhões de euros tem clientes em mais de 100 países. Organizada em cinco Unidades de Negócios (UN) - Matérias-Primas, Rolhas, Revestimentos, Aglomerados Compósitos e Isolamentos - a CORTICEIRA AMORIM disponibiliza um vasto portfólio de produtos de elevada qualidade para incorporação em indústrias tão diversificadas como a aeronáutica, automóvel, construção, ou vinícola.
Actualmente, clientes e consumidores exigem cada vez mais que as empresas disponibilizem informação sobre os impactos ambientais e sociais associados aos produtos fornecidos. Nos grandes grupos do sector vinícola e da distribuição é cada vez maior o compromisso com a adopção de boas práticas ambientais e com a redução das emissões de CO2, que implicam igualmente uma redução da pegada de carbono. Para responder a estas preocupações a CORTICEIRA AMORIM promoveu um estudo para compreender os impactos ambientais associados às rolhas de cortiça, cápsulas de plástico e vedantes de alumínio.
Tendo como objectivo comparar o impacto ambiental das rolhas de cortiça com o das cápsulas de alumínio (screwcaps) e vedantes de plástico, a CORTICEIRA AMORIM promoveu uma análise do ciclo de vida a estes produtos. Este estudo, conduzido em 2007 pela PricewaterhouseCoopers, foi realizado em conformidade com as normas de gestão ambiental ISO 14040 (Avaliação do Ciclo de Vida - Conceitos e Aplicações) e ISO 14044 (Avaliação do Ciclo de Vida - Requisitos e Directrizes). Os resultados do estudo foram publicados em Outubro de 2008 (para consultar o estudo na íntegra clique aqui).
Para avaliar os impactos ambientais potenciais dos três diferentes tipos de vedantes para as garrafas de vinho, o estudo incluiu a análise de sete indicadores ambientais. Seguindo um requisito da norma ISO 14040 optou-se sempre pelo cenário mais desfavorável para o promotor do estudo, neste caso, a CORTICEIRA AMORIM. Assim, sempre que necessário, nomeadamente perante ausência de informação dos vedantes não-cortiça, os resultados apresentados penalizam a rolha de cortiça natural.
O estudo incidiu sobre vedantes utilizados nas garrafas de 750ml de vinho consumido no Reino Unido, tendo sido estudados os seguintes produtos:
A rolha de cortiça classificou-se como a melhor alternativa em seis dos sete indicadores que integraram o estudo, e surge em segundo lugar no que diz respeito ao consumo de água.
Relativamente à emissão de gases com efeito de estufa, mesmo não considerando o sequestro do montado de sobro, o estudo revela que as emissões de CO2 associadas à rolha de cortiça são inferiores às registadas pelos vedantes de alumínio e plástico. De acordo com o estudo efectuado, cada vedante de plástico emite cerca de 10 vezes mais CO2 que uma rolha de cortiça, e as emissões de CO2 da cápsula de alumínio são cerca de 24 vezes superiores às da rolha de cortiça.
Quando considerado o sequestro do ecossistema (o montado) viabilizado pela extracção cíclica de cortiça, conforme preconizado pela Resolução da OIV relativa à emissão de gases com efeito de estufa, conclui-se que a cada rolha de cortiça está associada a retenção de 112 gramas de CO2 por rolha., em claro contraste com a emissão de CO2 imputada aos vedantes alternativos.
Considerando o cenário menos favorável para as rolhas de cortiça, ou seja aquele em que não se associa à rolha o sequestro do montado de sobro, sintetiza-se no quadro abaixo as performances relativas dos diferentes vedantes estudados, onde as diferenças estão expressas em relação ao vedante com a melhor performance em cada indicador.
O desempenho ambiental das rolhas de cortiça posicionam-nas como a melhor alternativa para os produtores, distribuidores e retalhistas de vinhos que pretendem minimizar a pegada de carbono e adoptar as melhores práticas em relação ao desempenho ambiental.