O projeto pioneiro da EDP, que resultou de uma parceria com a Amorim Cork Composites e o fabricante espanhol Isigenere, foi distinguido pela Comissão Europeia na categoria de Inovação nos “Prémios Europeus de Energia Sustentável 2023”. Em operação desde julho de 2022, trata-se do maior parque solar flutuante da Europa em albufeira, contando com quase 12 mil painéis fotovoltaicos, com capacidade para abastecer mais de 30% da população nesta região do Alentejo. Para conceber os flutuadores que suportam cada um dos painéis, foi crucial a colaboração com a Amorim Cork Composites, que desenvolveu um material inovador, tendo por base um novo compósito de cortiça, que não só reduziu o peso da plataforma em 15% como ajudou a reduzir a pegada de carbono da produção dos flutuadores em 30%. Uma parceria que nasceu do compromisso partilhado por ambas as empresas com a sustentabilidade e um objetivo comum de combater as alterações climáticas através da descarbonização e da transição energética. Em entrevista para uma edição anterior da Amorim News, Miguel Patena, Diretor de Engenharia de Hidrogénio Verde da EDP, falou da escolha da cortiça para este projeto como “uma opção natural (…) reforçada pelo próprio facto de este se localizar no Alentejo, território onde os sobreiros e a cortiça são uma matéria-prima predominante” e antecipou ainda um papel cada vez mais preponderante deste material no setor energético. “A cortiça apresenta excelentes propriedades isolantes, sendo ideal para se aplicar no setor, como por exemplo em baterias, como a Amorim Cork Composites já está a demonstrar, no isolamento de subestações contentorizadas em parques eólicos e solares e, porque não, nos materiais de construção dessas mesmas instalações”. O projeto do parque solar do Alqueva foi um de três finalistas selecionados para os Prémios Europeus de Energia Sustentável 2023, tendo vencido após uma votação global que decorreu durante o mês de junho.
©The project is co-financed by the European Maritime and Fisheries Fund #EMFF