Num relatório publicado na edição de Maio/Junho de 2009 da revista Vineyard & Winery Management, o Dr. Christian Butzke disse que o TCA já não era um grande problema nem do ponto de vista do consumidor nem do vinicultor.
Considerado um dos principais peritos em vinho nos Estados Unidos, o Dr. Butze é professor de enologia na Universidade Purdue de Indiana e presidente eleito - mas ainda não empossado - da Sociedade Americana de Enologia e Viticultura.
Butze foi enólogo da sociedade Sakonnet Vineyards entre 2002 e 2005, integra o Conselho Directivo da LLC do Unified Wine & Grape Symposium e é o presidente dos juízes do Concurso Internacional de Vinhos Indy - um dos mais importantes concursos vinícolas nos EUA.
Baseado na sua experiência em analisar milhares de vinhos norte americanos e internacionais submetidos ao Concurso Internacional de Vinhos Indy, o Dr. Butzke crê que o nível de performance da cortiça supera os 99%.
Carlos de Jesus, director de comunicação e marketing da CORTICEIRA AMORIM, referiu que era animador ouvir os líderes deste negócio a reconhecer os progressos que têm sido feitos pela indústria corticeira nos últimos anos.
"Como se pode deduzir da avaliação feita pelo Dr. Butzke, os problemas associados com a contaminação pelo TCA são, actualmente, uma raridade e isto é evidente na análise científica" referiu ele.
"Como acontece com qualquer outro produto ou serviço, é difícil fazer promessas de perfeição, mas a CORTICEIRA AMORIM vai continuar a lutar por chegar cada vez mais longe quando se trata da performance dos seus produtos.
onsideramos os valores apresentados pelo Dr. Butzke como um importante ponto de partida e nunca como o limite das capacidades de performance da cortiça natural.
"Embora alguns comentadores continuem a viver no passado quando falam da cortiça natural sabemos, com base nas conversas com os vinicultores de todos os continentes, que a indústria reconhece o progresso que tem sido feito".
Diversas análises independentes demonstram a evolução da performance da cortiça, nomeadamente, quanto ao recuo da incidência da contaminação por 2,4,6-Tricloroanisol (TCA).
Por exemplo, desde 2001 que o Conselho para a Qualidade da Cortiça sedeado nos EUA tem registado uma significativa redução dos valores de TCA nas importações de cortiça a granel. A contagem média de TCA passou de 4,0 nanogramas (partes por bilião) há alguns anos para menos de 1,0 nanogramas - bastante aquém do limiar sensorial dos seres humanos.
Entretanto, Decanter.com publicou que Penfolds, uma das marcas de vinho líderes australianas, está na fase inicial de ensaios de um vedante de vidro que consiga imitar a troca de oxigénio que a rolha de cortiça possibilita. Peter Gago, o enólogo principal da Penfolds, afirma que a troca de oxigénio é essencial para garantir o desenvolvimento de um bom vinho e disse à Decanter.com que se se conseguir neutralizar o problema do TCA, "a cortiça é imbatível" como vedante.
O relatório do Dr. Butzke na revista Vineyard & Winery Management coincide com a recente publicação de dois estudos que sublinham a preferência nos EUA por rolhas de cortiça como vedante para vinhos.
No seu "Relatório de Vedantes de 2009", a Wine Business Monthly - a principal publicação da especialidade dos EUA - referiu que, em termos de "percepção geral", as rolhas de cortiça continuam a ser o vedante com a taxa mais elevada de aceitação em termos de "percepções gerais".
Num inquérito a 229 caves, a classificação obtida pela cortiça adveio dos bons resultados das rolhas naturais em diversas categorias, nomeadamente a aceitação por parte do consumidor, a performance na linha de engarrafamento e a performance do produto.
Num estudo sobre a percepção dos consumidores entitulado Twisting Tradition: Consumers' Behaviour Toward Alternative Closures, Nelson Barber, Christopher Taylor e Tim Dodd da Universidade Técnica do Texas depararam-se com uma clara preferência dos consumidores norte americanos por rolhas de cortiça. O estudo sugere que 71% dos consumidores norte americanos prefere vedantes de cortiça natural.