O Centro de Arte Moderna (CAM) da Fundação Gulbenkian apresenta a exposição da artista portuguesa Leonor Antunes, intitulada “da desigualdade constante dos dias de Leonor*”. Ocupando cerca de 1400 m² da Nave do CAM, esta é a maior intervenção da artista em Portugal até à data, e estará patente até 17 de fevereiro de 2025.
No centro da intervenção escultórica, que domina a Nave, destaca-se uma notável escultura de pavimento flutuante, elaborada em cortiça. Com 1.399 m², o piso foi concebido a partir da linha Originals Natural, da gama Cork Essence da Amorim Cork Flooring. Este elemento não se integra apenas no espaço expositivo, mas destaca-se pela sua riqueza de detalhes: embutidos de linóleo e latão que formam padrões inspirados num desenho para tapete criado por Marian Pepler.
Para concretizar o projeto, algumas peças do pavimento foram cuidadosamente cortadas para compor formas específicas, enquanto outras mantêm as dimensões originais de 905 x 295 mm. O resultado é uma composição harmoniosa entre arte e materiais sustentáveis, que sublinha a estética eco-consciente e inovadora que caracteriza o trabalho de Leonor Antunes.
Mais do que um elemento funcional da instalação, o pavimento em cortiça transforma-se numa verdadeira escultura horizontal, combinando design e sustentabilidade. A intervenção de Leonor Antunes no CAM é, assim, uma celebração da arte, do ambiente e da memória, traduzindo-se numa experiência imersiva que alia a beleza da cortiça à homenagem às mulheres pioneiras invisibilizadas na história da arte moderna.