A Corticeira Amorim promoveu um estudo que contempla o cálculo e a verificação independente da sua pegada de carbono, de acordo com a norma ISO 14064, do qual se demonstra que a actividade da empresa beneficia o planeta em matéria de gases com efeito de estufa, sequestrando mais CO2 do que aquele que emite. Do cálculo realizado pela PricewaterhouseCoopers a todas as Unidades de Negócios (UN) da Empresa, com verificação independente da Deloitte, conclui-se que da actividade da Corticeira Amorim resulta um sequestro anual de carbono superior a 2 milhões de toneladas de CO2, o que supera em mais de 15 vezes as emissões de gases de efeito de estufa de toda a cadeia de valor.
Segundo Nuno Barroca, administrador da Corticeira Amorim com o pelouro da Sustentabilidade, “As conclusões deste estudo posicionam - sem surpresa - a cortiça e suas aplicações como excelentes alternativas ecológicas a materiais não renováveis de grande impacto, presentes em diversos produtos e aplicações e a Corticeira Amorim como uma empresa que contribui positivamente para esse grande desafio do planeta que é o aquecimento global que decorre da elevada concentração de CO2 na atmosfera.”
O montado de sobro, viabilizado pela extracção da cortiça e pela indústria da cortiça que a Corticeira Amorim lidera mundialmente, desempenha um papel fundamental no sequestro de carbono, estimando-se uma capacidade de retenção de CO2 até 14 milhões de toneladas/ ano.
Neste sentido, a pegada de carbono da Corticeira Amorim e dos seus produtos tem que ser vista numa perspectiva de ciclo de vida, contemplando toda a cadeia de valor e, consequentemente, os impactos a montante dos materiais utilizados nos seus processos.
No que à cortiça diz respeito e à actividade da empresa, torna-se assim imperativo considerar o efeito do montado de sobro, viabilizado - em grande parte - pela actuação da Corticeira Amorim. De notar que já em 2011 a Organização Internacional da Vinha e do Vinho (OIV) reconheceu que os impactos da utilização de rolhas de cortiça devem ser considerados de forma holística, contemplando os efeitos do montado de sobro.
Neste âmbito, foi tido como referência o normativo internacional ISO 14064, sendo consideradas as emissões directas de GEE que são controladas pela empresa - resultantes da actividade das UN -, as emissões indirectas de GEE não controladas pela empresa - relacionadas com a compra de energia eléctrica - e as outras emissões indirectas de GEE, resultantes da actividade da empresa (a montante e a jusante).
Do cálculo realizado em todas as UN e considerando o efeito de sumidouro do montado, verifica-se que a actividade da Corticeira Amorim possibilita um sequestro anual de 2.028.415 ton CO2.
O total de emissões da cadeia de valor da Corticeira Amorim representa assim menos de 6,6% do valor de sequestro. No que respeita à origem das emissões, são as emissões indirectas associadas à cadeia de valor que têm maior peso (69%), seguidas das emissões associadas com o consumo de energia eléctrica (27%) e dos combustíveis utilizados na actividade (4%).
Perante os cálculos realizados pela PwC, resulta assim uma pegada negativa (-1,9 Mio Ton CO2), ou seja a actividade da Corticeira Amorim beneficia o planeta também em matéria de gases com efeito de estufa, sequestrando mais CO2 do que aquele que emite.
As conclusões do estudo podem ser consultadas no sétimo Relatório de Sustentabilidade da Corticeira Amorim, agora lançado, o primeiro da empresa a ser classificado com o nível A, de acordo com as directrizes G3 da GRI (Global Reporting Initiative).