O Grupo Suez, uma das principais holdings industriais e financeiras da Europa, através das suas subsidiárias Compagnie du Suez (França), Société Générale de Belgique (Bégica) e Mercapital (Espanha), associa-se ao Grupo Amorim, tomando 20% de participação na Amorim Investimentos e Participações.
Aquisição da Sociedade Figueira Praia, S.A., concessionária do Casino da Figueira, detentora de um património imobiliário vastíssimo, cinco unidades hoteleiras, urbanização para mais de mil fogos, casino, Palácio Sotto-Mayor e concessões de bingo em Leiria, Viseu e Aveiro. Constitui, pois, o instrumento de dinamização turística de toda a zona centro.
Criação da Prisma, subholding do Grupo Amorim, vocacionada para capital development, que congrega as empresas de setores diversos não integrados nas suas outras estruturas.
Américo Amorim é nomeado Cônsul Honorário da Hungria em Portugal.
A Alcobre - Condutores Elétricos, S.A., participada do Grupo Amorim, inicia processo de reestruturação que culminará com a inauguração, em 1992, de uma nova unidade de produção em Ovar, respondendo assim às rigorosas exigências do mercado, quer em termos de qualidade, como de fiabilidade e de inovação.
Constituição da INOGI – Inovação e Gestão de Investimentos Imobiliários, S.A., operadora imobiliária resultante de uma joint-venture entre o Grupo Amorim e a ISM – Immobilière Suréne Montalivet. A INOGI, por sua vez, constitui um conjunto de empresas subsidiárias especializadas: a Morate, para o desenvolvimento de projetos; a Espaço Urbano, para o desenvolvimento e construção de empreendimentos; a Selecta, para o leasing imobiliário.
Em março, constituição da COFIPSA, respondendo ao desejo de Carlo de Benedetti de criar uma holding financeira em Portugal, escolhendo o Grupo Amorim como partner. O objetivo era investir em setores de forte potencial de crescimento e rentabilidade, tomando participações em empresas e aportando-lhes expertise da Cofipsa – industrial, da parte Amorim, e financeira, da parte dos restantes partners (Grupo Construcciones Y Contratas, Banco Bilbao-Viscaya e CISF), de forma a criar valor. Dificuldades na concretização deste objetivo e de inserção dos parceiros internacionais neste projeto, motivaram a retirada do Grupo Amorim deste projeto.
Ainda em 1989, importante aumento de capital da Cofipsa destinado a financiar duas importante aquisições:
Com a bolsa de valores nacional a perder o seu boom inicial, mas a possibilitar bons negócios pontuais, em outubro, o Grupo Amorim toma uma posição na primeira sociedade de corretagem constituída em Portugal, a Socifa & Beta, que atingiu rapidamente o primeiro lugar como operador com atividade simultânea nas Bolsas de Lisboa e do Porto.
Participação em várias sociedades na área dos serviços financeiros: Credifin, empresa de aquisições a crédito, na qual participam também a Soserfin, o Banco Nacional Ultramarino e a Cofinoga; Autoleasing, dedicada ao aluguer automóvel de longa duração; e Lusofactor, sociedade de factoring, em associação com o Banco Nacional Ultramarino e o Banco Hispano-Americano.
Perspetivando a relevância que as novas tecnologias teriam no futuro, assumindo um peso crescente no PIB e na economia, são constituídas as primeiras empresas na área:
Aquisição da Fábrica de Veludos de Água Longa, mais um passo na diversificação do portfolio de negócios, desta feita na produção de têxteis decorativos, tendo imediatamente promovido a reestruturação da empresa, alterando a sua designação para Velpor – Veludo Português, S.A.
O Grupo Amorim adquire uma posição no Bank of Lisbon International, com sede em Joanesburgo, África do Sul.
Importante reestruturação societária do Grupo Amorim que conduz à constituição da AMORIM INVESTIMENTOS E PARTICIPAÇÕES, SGPS, S.A., a holding de topo do Grupo, e da CORTICEIRA AMORIM, SGPS, S.A., sub-holding que agrupa todas as empresas ligadas à transformação e comercialização de cortiça. Assim se dava início a desenvolvimento de uma lógica de grupo económico e ao processo de diversificação das áreas de intervenção do Grupo Amorim na economia portuguesa, nomeadamente: indústria, imobiliária, turismo e setor financeiro
Depois do crash bolsista de outubro de 1987, a conjuntura não era favorável a novas operações de bolsa, pelo que só o grande prestígio, solidez e dinamismo das quatro empresas - Amorim & Irmãos, Corticeira Amorim, Ipocork e Champcork - permitiram o sucesso da oferta pública de venda em bolsa, lançada em 27 de junho de 1988, que permitiu um encaixe bruto de 4,3 milhões de contos.
Joint-venture com o grupo francês ACCOR, o maior operador hoteleiro mundial: 1908 hotéis em 127 países, 220 119 quartos, 5800 restaurantes, detentor de várias marcas de renome internacional: Novotel, Sofitel, Ibis, Mercure, Les Jardins de Paris, ETAP, Formule 1, Motel 6.
Com participações variáveis, os dois Grupos iriam constituir uma série de empresas para a exploração das várias marcas nos diversos segmentos: a Portotel, para a instalação da rede Novotel; a Portis, para a implementação da rede IBIS, a Portimer, para a reconversão de hotéis já existentes aos padrões da marca Mercure; e a abertura, em Lisboa, de um Sofitel, a chancela premium da Accor.
Constituição também da Lusoreste, com o intuito de explorar os espaços nas autoestradas aí implantando estabelecimentos das várias marcas de restauração ACCOR.
Em fevereiro, o Grupo Amorim surge como acionista principal da Soserfin – Serviços Financeiros, Lda., uma sociedade internacional de investimentos, na qual participavam também, com destaque, o Banque Worms e a seguradora UAP. Constituída inicialmente para prestação de serviços e consultadoria na área da gestão financeira internacional, em março de 1990 transforma-se em sociedade de investimento.
Em junho, por escritura pública, é constituído o Banco Comercial Português, S.A.R.L., o primeiro banco comercial privado português do após 25 de Abril de 1974.
Esta escritura pública, culmina um conjunto de conversas e negociações audazes e visionárias, iniciadas em fevereiro de 1984, no Buçaco, entre o Ministro das Finanças Prof. Ernâni Lopes e um grupo de empresários, entre os quais Américo Ferreira de Amorim, que motivou, por parte deste, a ideia da criação de um banco privado, embrião do futuro BCP.
Nesse mesmo ano, realizou-se, no Palácio da Bolsa, no Porto, a primeira reunião oficial do Grupo Promotor de um banco comercial privado, aberta pela iniciativa de Américo Ferreira de Amorim, a que se seguiu o pedido formal de constituição de um novo banco comercial, assinado por Américo Ferreira de Amorim e Joaquim Ferreira de Amorim, em representação das empresas Corticeira Amorim e Amorim & irmãos, e por mais dez empresas e personalidades.
Mais tarde, Américo Ferreira de Amorim declarava: “Eu não fiz isto com o espírito de um Banco Amorim. Ainda que estivesse na minha vontade ser um eterno acionista de referência da instituição, fi-lo com o espírito de criar um banco para o país.”
Inauguração do Labcork - Laboratório Central do Grupo Amorim, com a presença do General Ramalhos Eanes, Presidente da República Portuguesa à data.
Na ocasião, o General Ramalho Eanes distinguiu Américo Ferreira de Amorim com o grau de Comendador da Ordem Civil do Mérito Agrícola e Industrial (Classe Industrial) sublinhando: “A decisão é, obviamente minha e as decisões assumem-se na sua plenitude. E, para conhecimento nacional, gostaria de focar a qualidade e a importância do seu trabalho e, naturalmente, do trabalho da sua equipa e dos seus colaboradores.”
Criação da Amorim Trading – Comércio de Importação e Exportação, Lda., empresa vocacionada para o comércio internacional de diversos produtos portugueses, desde o calçado, aos têxteis e aos vinhos.
“Devemos manter contacto com todo o mundo, com o objetivo de promover o comércio e mutuamente trocar o que for útil, estabelecendo as melhores relações amigáveis com toda a gente.”, Américo Amorim.
O Grupo Amorim esteve na base da criação da SPI – Sociedade Portuguesa de Investimentos (hoje Banco BPI), uma iniciativa pioneira, com um propósito bem definido: financiar projetos de investimento oriundos do sector privado, contribuir para o relançamento do mercado de capitais e para a modernização de estruturas empresariais portuguesas.
Américo Amorim tinha lugar no Conselho Geral da SPI.